Acabei de ler uma matéria na BBC que conta a história de uma paquistanesa cristã que passou 9 anos na prisão por ter bebido água antes dos seus colegas muçulmanos.
Segue trecho da matéria que pode ser lida completa aqui: A paquistanesa cristã que passou 9 anos na prisão por causa de um gole d'água "Asia trabalhou como agricultora como muitas mulheres da aldeia. Era um dia de junho de 2009 e os trabalhadores, exaustos após horas colhendo frutas sob o sol escaldante, pararam para descansar. Alguém pediu para que Asia fosse pegar um pouco de água em um poço próximo. Ela saiu de jarro na mão e, quando voltou, bebeu um pouco de água antes de servir seus colegas muçulmanos. Eles ficaram furiosos. Asia é cristã, e no Paquistão muitos muçulmanos conservadores não gostam de comer ou beber junto de pessoas de outras religiões. Para eles, quem não acredita em Alá é impuro. Os colegas de Asia disseram que ela era "suja" e não era digna de beber no mesmo copo que eles. Houve discussão, e termos fortes foram ditos por ambos os lados." Pois bem, esse tipo de tratamento dado aos cristãos ou judeus pelos muçulmanos tem nome: Dhimma; foi muito bem explicado por Robert Spencer em seu livro: Guia Politicamente Incorreto do Islã (e das Cruzadas). Obviamente esse tipo de tratamento só pode ser oferecido onde os sarracenos são maioria, onde são os conquistadores. Resumindo a Dhimma A palavra em si pode significar "culpado" ou "protegido", no árabe ambas as significações estão corretas. A proteção é porque, de alguma maneira, o Alcorão confere a alguns povos uma relação de semelhança de fé, pois possuem escrituras monoteístas. Os muçulmanos acreditam em determinados trechos das Escrituras Judaicas, assim como alguns ensinamentos do Novo Testamento estão contidos no Alcorão, no entanto, a culpabilidade recai sobre cristãos, judeus e outros, pois para eles (muçulmanos), mesmo que exista uma semelhança, tais povos rejeitaram o profeta Maomé e a totalidade de sua revelação. Por esse motivo, judeus, cristãos e outros povos monoteístas possuem culpa e até podem viver em países muçulmanos, mas devem ser tratados como cidadãos de segunda classe. Esse tratamento de cidadão de segunda classe é a aplicação da Dhimma. Para adeptos de religiões politeístas, hinduístas, budistas, entre outras, o tratamento é ainda pior. Diz Spencer que: "Este status de inferioridade foi estabelecido pela primeira vez por Omar Ibn AlJatab, que foi califa do ano de 634 até 644. De acordo com o comentário do Alcorão de Ibn Kazir, os cristãos que firmaram esse pacto com Omar proclamaram: " -Não erguer santuário, igreja ou monastério nem reparar ou restaurar e não usá-la para promover inimizade com os muçulmanos (lógico que bastava uma acusação de fomento de inimizade que logo estava dada a autorização para o apedrejamento do local). -Os muçulmanos podem vir como hóspedes nas igrejas de dia ou de noite e assim receber alojamento e comida por três dias. -Ceder lugar aos muçulmanos se assim eles desejarem sentar. -Não imitar suas roupas, capas, turbantes, sandálias, penteados, discursos, alcunhas e sobrenomes, nem andar em liteiras, nem levar espadas sobre os ombros, nem armazenar armas de qualquer tipo, nem portar tais armas, não cifrar selos em árabe, nem vender bebidas alcoólicas. Não cortar cabelo na testa, abster de erigir cruzes no exterior das igrejas e mostrá-las em público, de igual modo os livros sagrados nas ruas e nos mercados muçulmanos. Não tocar os sinos de igrejas, salvo se discretamente, nem levantar a voz na presença de muçulmanos ao recitar livros sagrados no interior das igrejas. O pacto conclui: "Estas são as condições que estabelecemos contra nós e os adeptos de nossa religião em troca de segurança e proteção. Se quebrarmos uma promessa sequer que fazemos em vossos benefícios e contra os nossos, então nossa dhimma (promessa de proteção) será quebrada, e vós podereis fazer conosco o que está permitido proceder com quem incorre em desobediência e rebelião." Atualmente diz Spencer, o tratamento continua, mas como parte da sharia, os povos submissos devem portanto: -pagar a jizya, o tributo dos não muçulmanos -utilizar um largo cinturão de pano (zunnar) na vestimenta, para não se assemelharem aos muçulmanos - não podem ser saudados por Salam Aleikum (a paz esteja contigo) -devem manter-se nas margens das ruas -não podem construir edifícios altos, ou tão altos quanto as construções muçulmanas -estão proibidos de expor abertamente o vinho e a carne de porco -proibidos de recitar a Torá e o Evangelho em voz alta -proibidos de fazer manifestação pública de seus funerais e festas -proibidos de construir novas igrejas E se tais termos forem violados podem ser assassinados ou vendidos como escravos. Em seu livro Spencer também traz diversas provas e declarações que existe atualmente a aplicação ou a tentativa de se aplicar ou restaurar a dhimma por parte de líderes muçulmanos contemporâneos. Não posso dizer aqui que todos os muçulmanos queiram ou concordem com isso, no entanto a implantação da dhimma pode ser um risco nos países em que haja maioria muçulmana, portanto temos que ter muito cuidado com essa questão de política migratória, isso não é ter xenofobia, é ter precaução com relação a direitos adquiridos, liberdades e convivência harmoniosa que podem ser perdidos, é não deixar entrar um cavalo de Troia em nossas cidades, estados e países. Obs: Analisando o livro de Spencer e as penalidades da dhimma é impossível não associar ao tratamento oferecido aos judeus pelos nazistas, que distinguiam os que possuíam sangue alemão e portanto eram cidadãos do Reich dispondo de direitos civis e políticos, dos súditos, entre eles os judeus, que perdiam tais direitos e os colocavam como cidadãos de segunda categoria, proibindo os mesmos de andar de bonde, boicotando em estabelecimentos comerciais, permitindo a demissão sumária, proibindo casamentos entre judeus e alemães, proibindo de frequentar as mesmas escolas que os outros, forçando-os a se desfazerem ou venderem seus negócios, proibindo de frequentar cinemas, praias, parques, piscinas, hotéis, proibindo de possuírem rádios, obrigação de usar vestimentas que os identificassem (uma estrela de Davi costurada na roupa), isso sem falar dos Pogroms. Por: Rodrigo Fabbio
0 Comments
|
AutorDiversos Autores Histórico
Setembro 2020
Categorias |